segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Falso Soneto

sim, ao nosso amor sempre serei fiel
por mais que a insegurança me leve
em suas amargas ondas de dor e fel
sei que a tormenta se fará breve
e meu amor por ti prevalecerá.

tão grande que aos anjos restam invejar
e de seus tronos descem cheios de ira
para que meu coração possam arrebatar
tentando transformar nossa vida em mentira
mas meu amor por ti prevalecerá.

Alguns dizem que isso é inexplicável
tolo é o que transforma em sentenças
algo que de tão grande é interminável
que não tem dintinções e nem diferenças
e por isso, meu amor por ti prevalecerá.


há tristezas em mim em pensar te perder
de uma vida juntos que temos pra passar
e um medo vil disso não acontecer
de só ter uma recordação para lembrar
e nesse instante meu amor por ti prevalecerá

Tolo sou que transformo dor em beleza
de meu amor faço palavra escrita
pois ao coração ela não seria restrita

já que em mim não cabe simples tristeza
para o amor não perder a pureza
de algo sem controle que não se dita

(Allan Koschdoski)

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Sempre vaguei pela vida pensando em encontrar o que sinto agora
Com certeza você foi uma das melhores coisas que me aconteceu
Graças à você, hoje eu sei o que é realmente a palavra amar
O que é esse sentimento estranho e desconhecido que todos os poetas tentam explicar,
E compreendo porque eles não o conseguem
Pois não nos é permitido (ou simplesmente ainda não temos essa capacidade)
transformar em palavras um sentimento tão nobre
Sob pena dele ser perdido e vulgarizado
Paixão é um sentimento corriqueiro,
É recomendável pelo menos uma vez por ano se apaixonar,
Faz bem
Mas esse é um sentimento pequeno e limitado devido a sua força inicial
Devido ao entorpecimento das idéias provocados por ele.
Ao excesso de desejos descontrolados e inconstantes
Devido à posse gerada.
O amor, ah o amor é maior que isso
Não prende, e sim liberta
Não confunde e sim explica
Regenera, clareia e reedifica
Até a pior das pessoas se modifica diante de seu objeto do amor
É um sentimento capaz de transformar até mesmo a pior das feras, e domá-la.
É confiança na reciprocidade
É luz nos seus dias escuros
É o Sol que brilha na noite que parece sem fim
É o sopro da vida que brota num novo ser
E também é o sentimento mais clichê e brega de todos,
Que te incentiva a passar certas "vergonhas"
Que te faz declamar poesias pra lá de batidas
Que te faz falar coisas que na maioria das vezes o outro já ouviu, e que mesmo assim faz parecer novo e nunca dito
Que te faz dar bom dia ao poste, à latinha no meio fio e até mesmo à guimba de cigarro
E que mesmo assim ninguém é capaz de viver plenamente sem ele.
A pessoa que chega ao final da vida, e não sabe do que falo, só digo uma coisa:
Mil perdões, meu caro, mas você não viveu!

sexta-feira, 3 de março de 2006

Surpresa

A vida nos prega algumas supresas.
Coisas que tínhamos como certas, em questão de minutos nos são arrancadas, destroçadas e suas migalhas esfregadas em nossa cara como uma forma de dizer:"Viu, nem tudo é como você supõe!"
Preceitos que tínhamos guardados no fundo de nossa alma, e que não eram alterados em nada, simplesmente sao ejaculados em alguma parede suja num inferninho de quinta.
Idealizações que tínhamos como reais e imoldáveis, viram o suor que escorre na sua face num momento louco de torpor.
Pensamentos tão certos quanto dois mais dois são evaporados num momento de êxtase alucinante, sujo e lascivo.
Ideais antes intocados, são pisoteados por pessoas sem nome e sem rosto.
E apesar de tudo isso acontecer, você percebe que nada mudou na sua essência, porém superficialmente algo mudou, algo que não sei o que é, algo que não estava lá e agora está, mesmo sem saber, é algo que terei que conviver.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Inumanos

O que eu estou fazendo aqui? Nesse lugar onde só tem coisas feias e crueldade espalhadas.
Porque somos tão levianos e cruéis contra nós mesmos!
Quem será que plantou tanta maldade no coração do ser humano?
Nao éramos pra ser a espécie civilizada?
O dom do intelecto foi profanado.
O dom da palavra articulada foi rechaçado por suas próprias sentenças amargas.
Porque matamos tão friamente? Por conta do vil esporte do poder?
Como conseguimos negligenciar com uma normalidade tão mórbida a ponto de transformar coisas macabras em fatos tão triviais?
Porque maltratamos pessoas já desgradadas?
Porque chutamos pessoas já praticamente mortas para além da sargeta?
Para não atrapalharem a nossa visão "utópica" do mundo civilizado?
Como chegamos a esse ponto? Será que ainda somos humanos?
Ou é essa podridão que é chamada "humanidade"?

Grande Amor

Eu te amo, um amor tao grande, que se recusou a caber num orgão tão simples e pequeno como o coracao, e que de tao grande transbordou.
Transbordou ocupando todo o meu corpo, minha mente, meus músculos, minha vida.
Um amor que coopera, que constrói, que edifica, que compreende, que confia.
Confianca, que sentimento é esse que me impede, que me trava, e que ao mesmo tempo me impele a fazer coisas.
Confianca...
Não deixa de ser um defeito, uma defesa, uma resintencia.
Uma repulsa ao medo.
Um descarte precoce do choro.
Confianca...eu confio em ti.
Tu quebraste essa barreira contruida a força, construida com desesperança, construida com gosto salgado.
Você que que ultrapassou tudo isso e marcou teu nome em meu coração com ferro e fogo.
Sim tu és meu amor, meu objeto de desejo, meu porto, meu marco zero.
A quem eu posso recorrer quando penso que tudo vai dar errado,
voce é meu esconderijo, onde me oculto do mundo quando nao quero que ele me veja.
Te amo sim, como tu és.
Pelo que voce foi, pois tu es hoje resultado do teu passado e pelo que voce vai ser, pois será o resultado de teus sonhos.
Te amo de pele para pele, de mãos para mãos de coração pra coração, de alma para alma.
Te amo do teus pés ate o que te escapa.
Te amo de alma pra alma.
E como diria um outro poeta: te amo até quando o próprio amor vacila