sábado, 29 de agosto de 2009

O Medo não existe / Limite

O medo não existe
É simplesmente o receio de algo que não conhecemos,
Porquê temer algo que não se conhece?
Conheça e retire o medo da vida
O medo trava, o medo limita, o medo aleja...
Não tenho mais medo, não mais
Só cuidado, só vigília
Receio por coisas simples, receio de uma chuva...
Mas como não temer os sentimentos?
Como não temer algo que não se explica?
Temo sim!
Hoje eu temo um toque que seja,
Um beijo, um abraço
Pois um toque certo e eu me rendo
E como me render à alguem contendo segredos?
Eu me entrego de corpo e alma, não tenho segredos
E as vezes por uma palavra me condeno
Por um devaneio, por um sono agitado, por um gole à mais
Não quero me prender, não quero me render
A não ser que seja pela pessoa certa, com caracteristicas especificas
Me limito? sim!
Mas o limite é necessário, o limite salva vidas.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Abstrato Incontrolável

Tenhos olhos que não podem ver
meus braços não conhecem a ternura
meu coração coberto de poeira,
A solidão não é nenhuma estranha pra mim
Acostumado a uma vida de interesses e sem sentimentos,
me adaptei à ela perfeitamente
Planejei tudo com detalhes, mas algumas coisas não se planejam,
Simplesmente acontecem,
Por isso ando hoje, só
À mercê de mim mesmo,
Um espectador de minha própria vida,
Programei tudo na minha cabeça,
Mas do que adianta a voz se ela só proclama mentiras?
Do que adianta as mãos se elas não afagam?
Do que adianta as palavras se elas não confortam?
Acho que nesse caminho me perdi de mim mesmo
Não me encontro e não me procuro
Tento achar algo em mim que talvez esteja fora e alheio à minha vontade
Certas coisas independem de mim, não as controlo, nem nunca controlarei
Não tem fórmula, simplesmente são o cúmulo do abstrato

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Medo do Escuro


Meus olhos não me reconhecem mais
Me olho no espelho e não me acho
Só a sombra de alguém que não sei quem é.
Não vejo mais quem sou
Tenho aquilo que causa medo às pessoas
Me afasto como forma de auto-preservação
Me afasto de mim mesmo
Me sinto só na minha companhia
Não me basto mais
Olho pra minha frente,
Para os trilhos da minha vida e não sei onde está o fim da linha
Antes era sem fim, agora não sei onde ele está
Não sei onde estou
Os olhos não mais profundos e cheios de cor
Agora são rasos e negros
Contendo o infinito dentro de mim
Um espaço infértil, sem luz e vazio
Onde estás luz da minha vida?
Porquê fostes embora?
Está frio! Tenho medo do escuro!

sexta-feira, 8 de maio de 2009



Som do Silêncio

Em meu peito se encerra um grito.
Um grito tão forte que de ensurdecedor não se faz ouvir
Um anseio pelo futuro
Uma saudade do passado
Um não gostar do presente
Meus olhos impassíveis não mostram meus tormentos
Meus lábios sorridentes não mostram meu desconforto
Minha voz inalterada não deixa escorrer palavras de lamento
Medo? Não.
Ansiedade? Não.
Tristeza? Não.
Simplesmente o sentimento de mudança
Uma mudança definitiva
Um rompimento de padrões, estilos e vivências
Nem todas a palavras do mundo
nem as que conheço ou desconheço descreveriam meus sentimentos
Não é possível
Uma vez que eu mesmo não sei o que sentir