terça-feira, 4 de agosto de 2009

Abstrato Incontrolável

Tenhos olhos que não podem ver
meus braços não conhecem a ternura
meu coração coberto de poeira,
A solidão não é nenhuma estranha pra mim
Acostumado a uma vida de interesses e sem sentimentos,
me adaptei à ela perfeitamente
Planejei tudo com detalhes, mas algumas coisas não se planejam,
Simplesmente acontecem,
Por isso ando hoje, só
À mercê de mim mesmo,
Um espectador de minha própria vida,
Programei tudo na minha cabeça,
Mas do que adianta a voz se ela só proclama mentiras?
Do que adianta as mãos se elas não afagam?
Do que adianta as palavras se elas não confortam?
Acho que nesse caminho me perdi de mim mesmo
Não me encontro e não me procuro
Tento achar algo em mim que talvez esteja fora e alheio à minha vontade
Certas coisas independem de mim, não as controlo, nem nunca controlarei
Não tem fórmula, simplesmente são o cúmulo do abstrato

Um comentário :

Papel Re-Virado disse...

Aaaaaaiii... Que lindo! Chega dói!