terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Egoismo

O que procuro? O que quero?
Ok, senta que vou dizer o que quero:
Quero um mundo justo, onde as pessoas não morram em filas de hospitais que elas pagam para ter.
Onde gente não mata gente por míseros trocados.
Quero um mundo alimentado para não ter que ver crianças exibindo seus ossos sob a pele.
Quero um mundo saudável para não ver gente definhando por algo que mal sabemos o que é.
Quero um mundo com justiça social para não ver meninas segurando um pau ao invés de bonecas
Quero ver um mundo igual para não ver seres biologicamente idênticos se matando por religião, orientação sexual, cor, escolhas ou simplesmente opiniões diferentes.
Quero um mundo alegre para não ver mais uma lágrima escorrer do coração de uma criança.
Quero um mundo mais belo do que já é, para que a podridão no coração das pessoas seja sufocada pelo canto dos pássaros, pela brisa da manhã e pelo cheiro do Jasmim.
Quero as pessoas compartilhando amor, alegrias, sorrisos, gentilezas, afetos...
Quero minha utopia instaurada!
O que eu quero?
Só isso já basta!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Opinião descompromissada

Na minha humilde opinião (que sempre insisto em dá-la) acho sinceramente que os menores gestos e as coisas mais simples são as que mais tocam o coração. Ficaria feliz se alguém me desse um Camaro ou uma lamborghini? Claro! São os carros dos meus sonhos! Mas se alguém soubesse que basta chegar pra mim com um simples poema escrito em um guardanapo, ou lembrasse que amo sorvete de flocos e me desse um pote de 2 litros inteiros só pra mim, ou em uma data importante me desse aquele abraço ou simplesmente me acordasse com um beijo de tirar o fôlego na manhã do meu aniversário já me faria o homem mais feliz do planeta...

Acho que aí tá aí o meu segredo de ser feliz, reparar no menor, gostar do simples, amar o belo e não o caro, ver que o dia é uma sucessão de dia e noite não de contas e mensalidades, saber que as estrelas foram feitas simplesmente para serem admiradas, estando neste planeta ou em outro, descobrir que não existe um pote de ouro no final do arco-íris, mas que é muito legal acreditar nisso, entender que além de molhar as plantas e alagar ruas, a chuva também serve pra lavar a alma, que não existe remédio melhor do que rir e que o mundo inteiro pode ser revelado diante de você simplesmente num sorriso esperançoso de uma criança.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Nomeado como "Anônimo(a)"

Sou uma antitese
O avesso de coisa alguma
Sou um dia de sol
Sou a tempestade
Sou a lágrima e o riso
Sou anjo e sou demonio
Sou a dialetica de um mudo
Sou o oceano em uma gota dagua
Sou uma vitoria que foi derrotada
Sou a amplidao do numero 1
Sou a culpa do inocente
Sou o prazer que dói
Sou um vôo em solo
Sou o carinho de um açoite
Sou o calor do inverno
Sou o frio do verão
De todos os lugares estou em nenhum
Sou visto de nenhum lugar
Sou a força do fraco e a fraqueza do forte
De todos os nomes o meu é nenhum e ao mesmo tempo todos
Sou tudo e nada
O nada me preenche
O tudo me absorve
Sou vida
Sou morte
Sou amor.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Medo e vício

Vou seguindo
De cabeça erguida e olhar no horizonte,
Sempre em frente e no meu caminho,
Tropeço e levanto de novo, a cada caída me
levanto mais forte
E quanto mais forte, maior é o medo da queda
Esse é o meu medo: Cair
Minha cabeça é um grande jardim de
idéias, paranóias e
preocupações
A cada momento brota uma dessas três e de tempos em tempos o
balanço é quebrado,
As preocupações e paranóias emergem
violentamente e um vazio toma conta.
Procuro preencher esse vazio com pessoas aparentemente
descartáveis,
Você conhece em uma noite, tem alguns dias (ou uma noite) de
lua de mel e o contrato é desfeito.
Momentos de descontração, alegria, euforia,
prazer, êxtase...
Êxtase, meu maior vício.
Está no cigarro, na bebida, no sexo, no chocolate, no
sorvete...
Talvez por isso minha facilidade de deixar o cigarro ou a bebida
Sou viciado nos resultados desses produtos, o êxtase ou o
prazer
Mas infelizmente, nada disso preenche o vazio, às vezes
só faz aumentar
O vazio continua,
Pessoas vêm e vão, algumas legais ficam
Afasto-as de mim para que não se machuquem as outras
simplesmente partem
E o vazio continua continua
Até que em um dado momento o vazio se dissipa é
preenchido por outra matéria intocável
Mas enquanto isso não ocorre, o vazio permanece.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Um livre Prisioneiro

Estou livre,Liberdade de ir e vir sem comunicar à ninguém,
De fazer o que quero, onde, como e com quem quero
De tomar decisões unilaterais,
De ter pensamentos egoístas...
Tão livre que vivo em um momento incessante de vazio e solidão,
porque meu coração não se apega a nada
Foi apanhado em um delito de ociosidade
preso e acorrentado por vagabundear pelas ruas...
Mas ele não se apega não por incapacidade de tal fato
Simplesmente não foi tocado da forma e da maneira correta
Com força e pressão exatas
Não foi exposto ao sentimento virótico da paixão
Nem contaminado pelo posterior agente entorpecente do amor
Por isso eu permaneço sozinho,
Assim tenho a grata liberdade de amar intensa e livremente
A mim mesmo,
E por enquanto isso me basta.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Aqui cabe uma republicação:

Inumanos

Desabafo

Tudo isso me afeta,
Tudo isso me consome,
Tudo isso me cala.
Porquê tanta raiva?
Porquê tanta barbárie, violência, revolta?
Porquê tanta impunidade, descaso e falsos discursos?
Quem lucra com isso?
Ninguém
E quem perde?
Todos nós.
Somos prisioneiros de nossas próprias vidas,
Nos trancafiamos nas nossas próprias casas fortificadas,
Nos nossos carros fortes blindados,
Contratamos outras pessoas para nos protegerem,
Viramos escravos da nossa própria época,
Sem liberdade, sem beleza, sem vida.
Só morte, destruição, covardia, discórdia
Gente matando gente.
Onde está a beleza que podemos criar?
Onde está nossa gentileza, nossa sutileza?
Nosso amor?
Algumas raras pessoas ainda são capazes disso.
Por isso, ainda me mantenho ligado aqui, não me fecho numa bolha inviolável.
Ainda existe uma mísera parte de beleza nesse mundo, que ainda faz valer a pena.
Digo uma mísera, pois às vezes a maldade é tanta que conseguem estragar até as belezas que ainda existem.
Me pergunto se o ser humano (num todo) como espécie animal ainda é capaz de produzir beleza.
Beleza pura, imaculada.