segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dizer adeus



Qual a dor maior?
Quando é provocada no coração?
Quando é provocada na alma?
Qual sentimento é mais incapacitante?
O causado no coração ou na alma?
Qual o limite da nobreza?
Um dia serei capaz de perdoar?
Não tenho mágoa, raiva, ressentimentos...
Sou constituído no momento unicamente de dor.
E quem além de mim mesmo é capaz de escutar o grito surdo da minha alma que sangra?
Quem é capaz de curar isso além de o Tempo?
Como olhar no rosto novamente,
De quem te deixou no chão?
De quem num momento, simples momento, lhe fez descobrir o quão ácido é o gosto do solo.
Por isso hoje lhe digo adeus.
Quem sabe por quanto tempo?
Talvez por uma semana
Talvez por uma vida
Talvez enquanto eu sentir que meu peito está rasgado.
Como dizer adeus ao teu sangue?

(Allan Koschdoski)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cadê você

Cadê você agora?
Cadê seus abraços?
Cadê seus beijos?
Procuro você em cada olhar, em cada beijo apaixonado, em cada afeto.
Passo pelos caminhos que fomos, como uma forma de esperança tola de que possa quem sabe te ver.
Sofro ao nao conseguir nos ver num futuro, juntos...
Sofro pela ausência da pessoa que amo,
Fico vazio
Sem minha metade.
Tento olhar por lados bons, tento nao pensar no tempo
Mas como ele é cruel e pesado!
Como dói ter que pensar em 2 meses, 3 meses!
Como dói se quer saber o tempo!!
Cadê você agora que não está aqui ao meu lado me impedindo de escrever isso?
Cadê você agora que não esta alí na minha cama me esperando deitar pra me dar boa noite?
Cadê você agora que não está aqui pra secar minhas lagrimas?
Cadê você que não escuta os urros do meu coração?!
Os socos na mesa?
Só queria saber... Tocar
Tocar sua pele, encostar meu corpo no teu, falar que te amo ao pé do seu ouvido, te amar...
Queria não precisar chorar, queria ser feliz, ser completo denovo.
Queria você agora.

(Allan Koschdoski)