terça-feira, 5 de agosto de 2008

Comigo Mesmo




Caminho pela estrada deserta e escura de minha alma,
Passo pelas desilusões passadas,
Caminho sobre lágrimas roladas
Acima de minha cabeça risadas que ainda não dei
Clamo por amores e paixões
Por entradas e saídas
Por movimento contínuo.
Me debato contra meus próprios braços
Tentando me libertar de mim mesmo,
De minha própria prisão imposta à mim por mim.
Anseando pela liberdade imaginária de um mundo de desalegrias
Um mundo ao qual estou preso por vontade própria
Um mundo onde a beleza, cada dia mais rara, escapa por entre meus dedos
Um mundo onde o amor, cada dia mais sutil e etéreo, se esvai por fossas toráxicas que caminham ao meu lado
Clamo por ti, oh amor, puro e real
Pela beleza, pela luz!
Oh, Luz, cada dia mais fraca!
Cada dia mais bruxuleante, sufocada por mentes doentes e inférteis incapazes de criar
Por ti eu levanto bandeiras e empunho espadas
Ei de te levar cada dia mais longe
Pois por mais fraca que sejas, uma única chama de ti, aniquila a escuridão que me rodeia e tenta me acompanhar.

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