terça-feira, 20 de julho de 2010

Não me explicarei mais

Não existem milagres,
Nada que eu possa fazer mudará o que foi feito.
Seu rosto baixo ao fundo
Suas maos no rosto
Meus olhos molhados
Sua voz rodeando minha cabeça
Sua imagem gravada dentro de mim
Meu corpo cambeleando
Será que suas mãos conseguiriam segurar o peso do meu coração?
Eu saí, mais uma janela fechada
Você não olhou pra trás
Uma lágrima caida, que não voltará mais
Uma dor adormecida que volta a cortar
Uma solidão que não me abandona...
Quando te vi era como se chegasse a primavera
Seu sorriso iluminava minhas trevas,
Seu riso espantava meus medos
Seu toque parava meu mundo
Seu corpo junto ao meu na manhã...
Depois o silêncio agonizante
Ausência de som e de imagens
Que levou embora as flores deixando seus espinhos
Que me tirou de órbita
Que me tirou as palavras
Eu saí, você saiu
Nos perdemos
Queria ver pelos seu olhos
Sentir pelo seu coração
Pra saber que tudo não foi em vão
Que não foi mentira.
Queria não sentir nada...
Desculpe, não sou feito de pedra
Meu coração é meu maior órgão
E de tão grande se faz pequeno diante de um sentimento:
Amor
Desculpe novamente, não é minha intenção te confundir
Somente me esclarecer
Prometo não explicar mais nada.

[Allan Koschdoski]

Nenhum comentário :